sexta-feira, 26 de março de 2010

Caso Isabella: "O insuportável não é só a dor, mas a falta de sentido da dor, mais ainda, a dor da falta de sentido."



É chegada a hora de escutarmos mais gritos de justiça ou suspiros de um alívio que, nem de longe, confortará o coração de uma mãe.

Tentei não julgar pela morte da pequena Isabella, mas não consegui. É comum o ser humano se deixar tomar pelo tal senso de justiça, não saber pra onde ir e vir em meio a tanta crueldade. Mas, neste mundo de diabos em que vivemos, há que selecionar horrores também para se chocar. Caso contrário, seríamos crucialmente tomados pela nuvem escura que se faz presente neste mundo.
Como digerir a idéia de que um pai e madrasta possam ter agredido uma menininha de cinco anos de idade e a atirado pela janela? Como entender ou ao menos deixar que passe por nossas mentes o fato de que este casal pode ser inocentado? Pela “justiça”? Sim! Mas jamais pela sociedade, que os crucificará eternamente com seu julgamento a flor da pele, onde o sangue de anjo ainda escorre por lágrimas de uma mãe. Mas, diga, de que adianta nós nos encarregarmos de tal revolta, quando o instrumento legal, que nos foi dado por direito, inventa desculpas e provas contra nós mesmos?! Como inocentar dois monstros que não demonstram sentimento de culpa algum diante dos fatos? Neste momento ecoa uma voz pelos direitos humanos. Sabemos que estes servem para assegurar a condição humana de um pessoa e sua participação plena na vida, mas por que assegurar o estado pleno de vida de alguém que não soube assegurar a vida de seu filho, pelo contrário, foi o responsável por tirá-la em tamanha perversão.
Nossas leis precisam ser repensadas, nossas punições imploram para ser mais temíveis. Se não nos comportarmos e nos respeitamos dignamente por bem, quem sabe por medo não o fazemos?
Nosso conceito de HUMANO precisa ser revisto. Nossa impunidade está gerando rios de sangue e aquela que chamamos de humanidade já ultrapassa a perversão, fomos promovidos a Escola do Inferno.
Precisamos ter a certeza de que não clamamos em vão, um dia quem sabe.

Fica em nós mais uma ferida, mais uma ausência da doçura e pureza de uma criança.
Que recebamos nossas crianças com mais amor, para que possamos entender e fazer jus a mais uma prova de que Deus não perdeu as esperanças em nós.



Sobre a covardia do ser humano? Ah, você vê por aí!


“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”

quinta-feira, 25 de março de 2010

Poesias humanas .


" A beleza das lágrimas, a beleza do riso;
a poesia das lágrimas e a poesia do riso
só estão ao alcance dos seres humanos. "